As vacinas Recombitek® são fabricadas na fábrica da Boehringer Ingelheim Animal Health USA Inc. situada em Athens, Georgia 30601 Estados Unidos.
O início da imunidade para todos os componentes é variável. Nós temos estudos que comprovam que a Recombitek® Oral Bordetella protege em 7 dias com apenas uma única dose.;para cinomose recombinante e parvovírus, nós temos dados de desafio 1 semana após a segunda dose, na presença de anticorpos maternos.
Um estudo conduzido na University of Wisconsin constatou que filhotes de 12 semanas desenvolveram imunidade contra o virus da cinomose rapidamente dentro de quatro horas após uma vacinação única com vírus da cinomose recombinante.
De acordo com as diretrizes da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), a imunidade contra o parvovírus canino é desenvolvida dentro de três a cinco dias após a vacinação quando não há nenhum anticorpo derivado da mãe presente.
O sistema imunológico da maioria dos filhotes é competente no nascimento, mesmo que não esteja completamente amadurecido. Em cães sem anticorpos derivados da mãe (MDA), portanto, é provável que a imunidade efetiva ocorra depois de uma injeção única de componentes essenciais.
Há apenas UM tipo de vírus da parainfluenza canina que afeta os cães chamado CPIV. Os vírus da parainfluenza são encontrados em diversas espécies, mas são muito distantes um do outro e não é fornecida proteção cruzada por um tipo ou outro. Outros vírus da parainfluenza, como o vírus da parainfluenza humana (HPIV) e o vírus da parainfluenza bovina (BPIV) não são conhecidos por induzir doença em cães, portanto, a proteção cruzada não é necessária.
Observação: O vírus da parainfluenza canina pertence ao gênero Rubulavirus da subfamília Paramyxovirinae, da família Paramyxoviridae.
Um cão adulto com um histórico de vacinação desconhecido deve receber duas doses da vacinação primária para todos os componentes. Algumas recomendações internacionais afirmam que é provável que uma única injeção seguida de um primeiro reforço anual pode ser suficiente para as vacinas virais vivas essenciais em cães mais velhos, já que não haverá mais interferência de anticorpos maternos.
No caso de uma perda parcial da dose inicial, uma dose completa da vacina deve ser administrada. Dados de segurança experimentais estão disponíveis, mostrando que a administração de múltiplas doses é bem tolerada.
Se o cão recebeu vacinações regulares durante toda a sua vida, as vacinações de reforço continuarão eficazes. Uma vacinação primária administrada a um cão idoso pode ser significativamente menos eficaz. O sistema imunológico de um cão é afetado pela idade, especialmente quando em relação à imunidade mediada pelas células. A imunidade humoral é menos impactada. Como os cães geriátricos continuam suscetíveis a algumas doenças infecciosas, como a cinomose ou a leptospirose, é importante manter um bom nível de proteção por meio da vacinação regular. Uma avaliação cuidadosa do ambiente epidemiológico e da condição de saúde do cão deve ser realizada pelo veterinário para uma recomendação adequada.
As diretrizes da WSAVA mencionam três situações nas quais a sorologia é especialmente útil. A sorologia pode ser utilizada para determinar uma imunização ativa bem-sucedida de um filhote, para determinar se um cão adulto tem probabilidade de se beneficiar com a revacinação (importante sobretudo para animais que podem ter tido uma reação adversa prévia) e durante os surtos de doença em abrigos. Todas essas recomendações se aplicam apenas à cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina para cães e parvovírus felino (panleucopenia) para gatos, já que esses são os componentes para os quais foi estabelecida uma correlação entre os títulos de anticorpos e a proteção.
Idealmente, o teste pós-vacinação (sorologia) deve ser realizado 21 dias após a vacinação.
Conforme mencionado nas diretrizes de vacinação do WSAVA, diferentemente dos produtos farmacêuticos que são dose-dependente, as vacinas não se baseiam no volume por massa corporal (tamanho), mas sim na dose imunizante mínima.
O volume recomendado de 1,0 mL garante a dose imunizante até o fim da validade. Portanto, a quantidade total deve ser administrada, tendo em vista que as vacinas não são dose-dependente e a quantidade fornecida no frasco é ideal para fornecer imunidade independente do peso do cão.
A segurança foi amplamente demonstrada para todos os componentes de RECOMBITEK® em dosagem normal, repetida ou superdosagem, e nenhuma das cepas vivas atenuadas mostrou reversão para virulência nos estudos especificamente desenhados.
A replicação viral e reversão para virulência não pode ocorrer para a porção de cinomose das vacinas Recombitek C4/CV e Recombitek C6/CV, já que a vacina recombinante não contém o vírus inteiro, o que também elimina o risco de encefalite pós-vacinal por cinomose. Consequentemente, são vacinas muito seguras e eficazes.
Segundo a literatura e os dados internos, as cepas de vacinas vivas atenuadas são excretadas transitoriamente em níveis baixos após a vacinação, sem nenhum impacto no ambiente e em outros cães (o parvovírus canino é eliminado nas fezes, e o adenovírus tipo II em secreções respiratórias).
Dados da literatura mencionam que essa excreção pode até contribuir para imunização de outros animais suscetíveis da mesma espécie que venham a ter contato com as secreções infectadas.
Não há dados específicos para risco com vacinas RECOMBITEK®. Entretanto, os rótulos das vacinas caninas RECOMBITEK® afirmam: “Geralmente, recomenda-se evitar a vacinação de cadelas prenhes.” Assim como pode acontecer com todas as vacinas, se a cadela tiver uma reação anafilática, há um risco de aborto. Além disso, as medicações utilizadas para tratar esses tipos de reação podem ter consequências adversas nos filhotes que ainda não nasceram.
De fato, as diretrizes da WSAVA recomendam evitar tanto as vacinas de vírus vivo modificado, quanto as vacinas mortas, se possível. É possível ter que abrir exceções em condições de surto em abrigos. É melhor garantir que os cães para reprodução tenham sido vacinados em um esquema rotineiro antes de tentar acasalá-los. Além disso, em filhotes de cães abaixo de 4 semanas de idade, uma infecção pelo vírus vacinal, poderia ocasionar uma doença clínica.
Assim como com todas as vacinações, há um risco de reação anafilática ou outra resposta adversa a uma vacina, e isso pode comprometer temporariamente a capacidade da cadela em amamentar seus filhotes.
Não há contraindicações para vacinar uma cadela que deve ser acasalada na semana seguinte.
Isso não é recomendado pelo WSAVA. O seu esquema de vacinação padrão fornecerá os anticorpos protetores e os anticorpos do colostro adequados para os filhotes.
Isso deve ser considerado caso a caso. Se possível, pode ser melhor não fazer isso, já que o cão pode desenvolver uma reação de hipersensibilidade e vomitar, levando a um risco elevado de aspiração. Alguns agentes anestésicos também podem ter propriedades imunomodulatórias.
Veja a pergunta acima (risco vinculado à anestesia). Isso deve ser considerado caso a caso, pelo menos para cirurgias leves.
Não há nenhuma contraindicação, desde que a condição geral do cão seja compatível com a vacinação para produtos com vírus vivo atenuado. Há uma possível interferência nas vacinas bacterianas vivas , por exemplo, os antibióticos utilizados para o controle da traqueobronquite infecciosa canina (ex. doxiciclina) podem interferir com as vacinas vivas contra Bordetella bronchiseptica, inativando a vacina.
Um ponto importante é que as vacinas devem ser feitas "apenas" em animais saudáveis, para que haja uma boa resposta imunológica ao produto aplicado.
Não há evidências de que a troca entre as vacinas de fabricantes diferentes poderia melhorar a eficácia em termos de proteção. Uma ótima eficácia das vacinas é demonstrada por meio de estudos laboratoriais e de campo rigorosos exigidos para o licenciamento do produto diante dos órgãos regulatórios. Portanto, uma vez que o produto está licenciado e sendo comercializado, é porque ele comprovou a sua segurança, eficácia e qualidade perante os órgãos regulatórios.